Com as candidaturas devidamente oficializadas e as campanhas ganhando as ruas, o eleitor mineiro agora vai finalmente entrar no clima das eleições. A votação em primeiro turno acontece no dia 7 de outubro e, em segundo turno, três semanas depois, no dia 28 de outubro, ambos domingos, entre 8 horas e 17 horas.

Em Minas Gerais, 77 deputados estaduais serão eleitos, além do governador e vice-governador. Os mineiros também vão escolher este ano 53 deputados federais e dois senadores, além, claro, de participar da eleição de presidente e vice-presidente. Tudo isso se dará em um cenário com grandes mudanças nas leis eleitorais, que devem impactar principalmente nas campanhas.

Discussões sobre como dificultar desvios de dinheiro e avançar na equidade de gênero levaram a modificações decisivas para as disputas. Algumas das mais significativas dizem respeito ao financiamento das campanhas.

A proibição de doações de empresas é o que mais deve impactar nas candidaturas. Para compensar essa perda, foi criado o Fundo Eleitoral, recurso estatal no valor de R$ 1,7 bilhão a ser distribuído entre os partidos.

Todas as legendas registradas terão acesso a uma parte desse fundo, mas a divisão obedecerá a alguns critérios. Em linhas gerais, 2% dos recursos serão divididos igualmente entre as legendas, enquanto 35% serão repartidos de acordo com o número de votos obtidos no último pleito federal entre aqueles com pelo menos um representante na Câmara dos Deputados Federais. Além disso, 48% serão distribuídos conforme o número de deputados federais eleitos em 2014 e 15% de acordo com os senadores eleitos.

As doações feitas por pessoas físicas, bem como vaquinhas na internet, também serão possíveis. Cada um pode doar até 10% da sua renda bruta em 2017 a um candidato. Outro detalhe é que, pela primeira vez, em 2018 há um teto para esses gastos de campanha. Candidatos a deputados estaduais, por exemplo, podem investir no máximo R$ 1 milhão, enquanto para candidatos a governador o teto é de R$ 2,8 milhões.