A tarifa para obter a segunda via da carteira de identidade em Minas Gerais mais do que dobrou em duas semanas.

O valor pago pelo serviço, que era de R$ 32 até o dia 21 de dezembro de 2018, entrou o ano novo custando R$71,86, uma elevação de 124,5%.

Primeiramente, a taxa cobrada passou a ser de R$ 65. Poucos dias depois, ainda na gestão de Fernando Pimentel (PT),foi fixada em R$ 71,86. O valor é cobrado de quem perdeu o documento.

Continua gratuito o serviço de emissão da primeira via do Registro Geral (RG), para quem teve o documento roubado, com a apresentação do boletim de ocorrência, e para quem comprovar carência.

O aumento pegou de surpresa a professora Valéria Carlos, 50. “Como a gente já paga um absurdo de impostos neste país, não faz sentido pagar mais de R$ 71 para se identificar”, disse. A desempregada Juliana Pereira, 50, assustou-se com o preço ao tentar obter o documento para a filha: “A escola não aceita a carteira de identidade antiga. Um absurdo. Não tenho dinheiro”.

Em BH, o serviço é feito nas quatro Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) – praça Sete, Barreiro, Venda Nova e Barro Preto – e no posto de identificação da
Assembleia de Minas.

Em processo de privatização, a UAI da praça Sete, no centro da capital, foi fechada no dia 31 de dezembro, e ainda não há data para a normalização dos serviços.