Sistema amplia eficiência operacional e contribui para a revitalização do rio São Francisco

Em junho de 2018 a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) finalizou a implantação do sistema de pós-tratamento na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Três Marias. A construção do sistema inovador garante que o efluente já tratado passe por uma etapa de polimento e clarificação, que amplia a eficiência do tratamento.

O pós-tratamento se inicia com a aplicação de um coagulante. Em seguida, sólidos e poluentes que restam no efluente passam a se agrupar. O esgoto então passa por um floculador, que estimula ainda mais a aglomeração das substâncias.

Depois, o efluente segue para um tanque de decantação, onde os flocos formados descem para o fundo da estrutura. Na sequência, o esgoto, que já sofreu uma maior redução da quantidade de poluentes, passa por um canal a céu aberto, e o contato com os raios solares amplia a desinfecção do efluente.

De acordo com Daniel Aguiar, gerente do Distrito Regional de Curvelo, o sistema de pós-tratamento servirá de exemplo para as ETEs em outros municípios. “Três Marias é a primeira cidade da região a contar com essa tecnologia no tratamento de esgoto. Com o sucesso desse novo processo, o sistema será modelo para outras estações. As obras também representam mais um passo importante para recuperação dos nossos cursos d'água, especialmente para o rio São Francisco”.

Um sistema de tratamento de esgoto completo, como o da ETE de Três Marias, contribui para o desenvolvimento econômico e social, preservação ambiental, geração de emprego, redução das doenças de veiculação hídrica e da mortalidade infantil; assim como a redução dos gastos públicos com o custeio da saúde. O tratamento de esgoto ainda permite que a cidade receba o ICMS Ecológico, um meio de incentivo aos municípios para a criação de mais áreas de preservação ambiental, além de melhorar a qualidade das áreas já protegidas.

Melhoria contínua

A Companhia já investiu R$ 1,6 milhão em melhorias na ETE do município nos últimos anos. Em 2016 foi implantado o segundo reator da Estação, que duplicou a capacidade de tratamento do esgoto coletado. Desde então, a eficiência do tratamento atende todos os parâmetros exigidos pela legislação ambiental.

Em julho de 2017, foi iniciada a operação de quase dois quilômetros de emissário, tubulação que canaliza o esgoto já despoluído na ETE de volta ao meio ambiente.

Em fevereiro de 2018 foram concluídas obras de melhorias na urbanização da ETE, como o asfaltamento e arborização da estrutura; assim como a construção de três novos leitos de secagem, que promovem a redução da quantidade de líquidos presentes no lodo resultante do processo de tratamento de esgoto, facilitando o transporte da mistura até o aterro.

E em junho do mesmo ano, também foi implantado o sistema de controle e redução de odor na elevatória final de esgoto da ETE.