Foi julgada nesta sexta (13/06) a mãe do menino Otávio César Lidugero Silva espancado até a morte pelo padrasto Alberto Junior Gonçalves dos Santos e sua mãe Teresa Cristina Acácio Lidugero .

No dia 27 de maio o padrasto Alberto Junior foi condenado a 17 anos de prisão e teve seu julgamento desmembrado da ré, a mãe do menino que foi julgada nesta sexta e sentenciada há 18 anos de prisão.

Otávio César Lidugero Silva

Relembre o caso(*)

Na certidão de óbito a causa da morte apontou diversos traumatismos e infecção generalizada. O menino foi atendido no hospital deTrês Mariascom vários cortes e hematomas no corpo. Segundo a polícia, a mãe disse que ele teria caído, mas os médicos desconfiaram. A criança foi encaminhada em estado grave para Belo Horizonte e, quando a ambulância passava pela cidade de Sete Lagoas, ela teve uma parada cardíaca e não resistiu.

Para o pai do menino, o construtor Anderson Aparecido Silva, que mora em Divinópolis, a morte poderia ter sido evitada. Quando tinha dois anos de idade o Conselho Tutelar tirou a guarda da mãe por espancamento. Mas seis meses antes do antes do ocorrido a justiça decidiu que a criança, que vivia com a família paterna, deveria voltar a conviver com a mãe.“Não esperava isso acontecer. Era meu único filho.Tive a oportunidade de realizar trabalhos voluntários e sempre via acontecendo estas coisas por fora e, de repente, isso acontece com meu próprio filho. Há pouco tempo a guarda era minha e o psicólogo, com toda experiência que ele diz ter, julgou a mãe como apta a cuidar dele. Já tínhamos problemas deste tipo por agressão e tortura. Ela e o acompanhante batiam no meu filho, tanto que na primeira vez que isso aconteceu o Conselho Tutelar tirou meu filho dela e levou para mim e ela foi encaminhada para a delegacia. Então fica meu recado para o psicólogo: É muito fácil julgar a vida dos outros, agora quem está velando meu filho sou eu. Ele tirou meu filho de mim e o entregou à morte”, disse.

(*)Fonte : Portal G1