Quando o assunto é piscicultura mineira, as cidades de Muriaé e Morada Nova de Minas dominam o tema como ninguém. Os municípios são considerados polo na produção de peixes: Muriaé no segmento de ornamentais e Morada Nova, de corte. O setor é um dos que mais crescem no agronegócio de Minas Gerais, se fortalecendo a cada ano, segundo equipe do Programa de Sanidade Aquática estadual.
O coordenador do Programa de Sanidade Aquática do IMA, o médico veterinário Eduardo Lage, destaca o trabalho de fiscalização e controle sanitário. “Estamos focados em aumentar os cadastros de pisciculturas em todo o estado, implantando algumas ações de vigilância sanitária, com objetivo de aumentar o controle e reduzir o risco de ocorrência de doenças. É importante a participação dos produtores quanto às notificações de quaisquer sintomas de doenças nos peixes. Estamos trabalhando junto às associações do setor”, informa.
As ações do IMA incluem a fiscalização do trânsito de peixes, a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), o cadastro e as vigilâncias ativas (momento em que o instituto busca casos de doenças nas pisciculturas) e vigilâncias passivas (atendimentos do IMA após a notificação realizada pelo piscicultor). Estas vigilâncias têm a finalidade de padronizar a prevenção de doenças infecciosas e parasitárias que afetam a aquicultura.
Em Morada Nova de Minas, a tilápia é o centro das atenções e movimenta os criatórios e as indústrias de beneficiamento. A cidade produz cerca de 13 mil toneladas/ano do peixe in natura em seus criatórios localizados na Represa de Três Marias. Ao todo, são geradas aproximadamente 40 toneladas de filé por dia para os seis frigoríficos do município.
Produtor de tilápia, Ailton Mendes Batista, o Toiota, é também presidente da Associação Peixe MG. Ele relata que o cadastramento dos criatórios no IMA é de suma importância para assegurar a sanidade dos peixes. “A parceria com o IMA é fundamental para estimular a regularização dos criatórios que ainda precisam se adequar às normas sanitárias determinadas pelo Estado”, reforça. Atualmente, ele comercializa, dentro de Minas Gerais, 90% de sua produção.