Toda crise gera oportunidades, precisamos criar oportunidades e oportunidades para todos facilitam a igualdade. A palavra nasce de uma outra pouco profícua; o que é oportuno? Logo abre espaço para o oportunista, revelando que a oportunidade é democrática, serve para todos, para o bem ou para o mal.

Se você tivesse a oportunidade de mudar alguma coisa na sua vida, o que você faria?

Oportunidade é aquela janela, aquela porta que se abre para entrar aquele que é a bola da vez. Até o vírus que nos ataca é oportunista.

Se a oportunidade é uma coisa que todos querem, podemos criar essa oportunidade? Será uma questão de sorte ou azar? Estar no lugar certo na hora certa?

Nassim Taleb, no livro A Síndrome do Cisne Negro, fala dessa criação de oportunidades. Em resumo, ele diz que se você quer aprender a dançar ou quer ser convidado a dançar precisa ir às festas. Não, não espere em sua poltrona, calmamente, que alguém convide você para a festa.

Simbolicamente, esse dançar, esse convidar para dançar tem algo metafórico, é claro. No caso, Taleb fala que temos que arriscar, ir para a rua, colocar nosso talento, seja qual for e expô-lo para o mundo, para as pessoas verem e os trabalhos serem vistos para que alguém goste e nos convide para dançar.

Dentro de uma empresa, ficar no canto esperando a oportunidade e não tentar fazer o diferente, não tentar aprender o que não sabemos e sempre estar exposto e disposto a fazer alguma coisa diferente é ir para a festa e esperar que alguém note e nos convide para dançar.

Ou então engavetar os trabalhos, os projetos, esperando a grande oportunidade de ser descoberto, de alguém bater à porta e dizer que aqueles trabalhos, aquelas ideias que temos na cabeça e nas gavetas são necessárias e importantes demais para serem entregues para qualquer pessoa. Se considerar uma pessoa em especial é um ciúme desnecessário. Porque nossas ideias e nossos trabalhos, com o tempo, podem cair no esquecimento ou se tornarem velhos.

Criar oportunidades é ousar, é expor aquilo que sabemos fazer com vontade, com expectativa, na luz do sol e submetida a críticas. Porque até se não sofremos críticas não podemos melhorar e saber os nossos defeitos e onde podemos melhorar.

A festa é democrática, e se há alguém fazendo um determinado trabalho há alguém que necessita dele para poder realizar o seu.

Oportunidades podem ser criadas, com certeza, não existe nenhuma oportunidade que fica deitada na cama esperando alguém chegar. Sonhos e oportunidades são parceiros inseparáveis. No entanto, o sono e a indolência são parceiros do primeiro e inimigos ao mesmo tempo. E a oportunidade precisa dos olhos bem abertos e o corpo e mente em movimento para enxergar ao nosso redor.